quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

O uso da crase

A ocorrência da crase ou do acento radical é uma questão muito comentada, porém pouco compreendida, não devido à sua complexidade, mas pela má qualidade do ensino brasileiro que acaba passando a imagem que a crase é uma regra difícil, tendo que ser decorada, não incentivando seu conhecimento por meio da aprendizagem.
 possibilidades da ocorrência de crase quando:
1.    Substantivo feminino depois de um “a”;
2.    Pronome demonstrativo iniciado em a (aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo).
Obs.: Quando identificamos um desses elementos começamos a estudar a chance da ocorrência do acento radical.
Fulano foi...
(Foi aonde?)
Quem foi, foi a algum lugar.
Então o verbo “ir”, conjugado dessa forma (no passado: foi), é sempre seguido da preposição “a”, pois, como foi citado anteriormente: quem foi, foi a algum lugar.
Para confirmar se uma frase tem o acento grave (ou não), em alguns casos, substitui-se o substantivo feminino (quando não for pronome demonstrativo iniciado em “a”) por outro com equivalência masculina e, se pela concordância, for necessário o uso do ao/aos no lugar de à/às, estará correto.
Exemplo:
Joana foi à festa.
Joana foi ao baile.

Crase (conceito):
1.    Fusão de dois “as”, sendo um deles preposição e o outro artigo;
2.    Contração dos dois “as”, sendo um deles preposição e o outro a primeira letra do pronome demonstrativo (aquele, aqueles, aquela...).
Exceções:
1.    Há crase somente nestas locuções:

·         À maneira de;
·         À moda de;
·         À custa de;
·         À volta de;
·         À beira de;
·         À proporção que;
·         À medida que;
·         À mão;
·         À margem;
·         À força;
·         À beça;
·         E as relacionadas à hora: às 09:00 horas.
Entre outras locuções semelhantes.
ATENÇÃO!
O correto é: chegaremos daqui a uma hora.
A expressão “A fim de”, pelo fato da palavra “fim” ser masculina, não leva crase.
Dica:
“Voltar da, crase há / Voltar de, crase pra quê?”
Quando voltamos de, não existe o acento, pois determinado local não exige artigo.
Exemplo:
Se voltamos de Brasília, vamos a Brasília.   Obs.: No caso indicado, o “a” é somente preposição.
Porém, se voltarmos da, o citado terá artigo, portanto também crase, porque da= de+a:
de= preposição;
a= artigo.
Exemplo:
Se voltamos de Brasília, vamos à Brasília.
2.    “Às vezes”, só terá crase se for possível substituí-la por: de vez em quando, em algumas vezes.

3.    A crase só é facultativa, quando o artigo também é, como em nomes próprios e pronomes possessivos.
Exemplo:
Vamos à sua casa.
Vamos a sua casa.

Entregarei à cicrana.
Entregarei a cicrana.

4.    Juntos até a morte. (momento)
Até a morte é triste. (inclusive)

5.    Quando a preposição “para” aparece antes do a/as, não ocorre o acento radical.




terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Como transformar um texto em peça-teatral

Antes de encenar o texto original, é necessário adequá-lo à forma de peça teatral. Exatamente o que vamos ensinar nesta postagem: Como transformar um texto em peça teatral.
Em um teatro as falas das personagens são mais comuns que as do narrador, diferenciando-se de alguns textos. Por isso, mesmo já havendo diálogo, escolha outros trechos para convertê-los quando fizer sua nova versão.
As falas do narrador devem estar na terceira pessoa.
Podem estar presentes também as rubricas, especificando o modo como a personagem deve se comportar ao dizer a fala citada.
As falas são formadas da seguinte maneira:
<nome da personagem/narrador a ser encenada> (<nome do ator/narrador>):<fala>
(<rubrica>)
Exemplo:
Dona Benta (Maria): Venha cá, Emília!
(Grita cerrando os dentes)
Além disso, pode-se acrescentar uma sequência de fatos para facilitar os ensaios caracterizados por: cena 1, cena 2, cena 3, e assim por diante.

As cenas mudam de acordo com a frequência de mudança de locais onde se passa a história, troca de personagens, entre outros motivos.


sábado, 7 de dezembro de 2013

Artigo de Opinião

Artigo de opinião é um texto no qual se expressa posição do autor em relação a algum fato polêmico ocorrido.
Os parágrafos de um texto de opinião precisam possuir de quatro a seis linhas somente, para que não se tornem cansativos ao leitor e facilite sua compreensão.
Em um texto de opinião é indiscutível:
 A contextualização;
 A tese defendida pelo autor;
 Argumentos;
 Esclarecimento de possíveis argumentos contrários.
Contextualização é a apresentação da questão a ser discutida.
A tese é a posição do autor em relação aos fatos.
Argumentos estão relacionados à justificativa da tese do autor.
Na antecipação de possíveis argumentos contrários, o autor fortalecerá sua crítica e a comprovará.
Após esse processo o autor poderá retomar sua frase de modo que empregue palavras ou expressões que volte a defender sua tese citada anteriormente.
O escritor pode também conciliar sua crítica às outras opiniões.
E finalmente concluir seu texto sintetizando seus pensamentos e utilizando termos de fechamento como: assim, logo, dessa forma, então...
Evitando somente termos como: enfim, conclui-se, para finalizar, concluindo.
Em uma argumentação pode-se empregar até dois parágrafos curtos possuindo todos ou alguns dos itens a seguir:
 Exemplos de mídia (jornais, televisão...)
 Dados estatísticos acompanhados de análise;
 Comparação utilizando conhecimentos gerais (psicologia, história, artes, geografia);
 Exemplificações e justificativas.

Também é interessante utilizar-se de citações diretas em seus textos,ou seja,transcrever opiniões de autoridades no assunto (sempre seguidas de opiniões próprias), como no exemplo a seguir:

“Alunos que agem inadequadamente na sala não compreendem a autoridade exercida pelo professor em sala de aula e nem seu papel como aluno”, diz a psicóloga e psicopedagoga Naura Stella. A aprendizagem é favorecida quando há colaboração da parte do aluno também, não basta haver somente um bom professor.